quarta-feira, 8 de julho de 2020
Livre Amor
O amor é livre a partir de quando?
Eis a dúvida que passa pela cabeça dos que não digerem bem o que é o amor.
Nós, seres humanos, inventamos essa palavra para tornarmos o mundo menos hostil e selvagem, mais benevolente e caridoso...
Mas será que realmente somos capazes de entender as sutilezas deste substantivo carregado de sentimento? Ou muitas vezes confundimos com uma dependência emocional sobre o outro indivíduo?
Pode ser numa relação entre pais e filhos, primos ou colegas, namorados ou amantes, o fato é: Se fosse amor, o grude ou a falta de respeito e de limites não causaria tédio ou repulsa, mas causa. Não fosse amor, os tapas pesados depois dos beijos quentes e o ciúme doentio ao flagrar seu parceiro olhando ou admirando alguém, revelaria uma pessoa nociva à sociedade, porém não revela.
O amor tem limites que a paixão desconhece. A paixão tem avanços que a assexualidade ignora. E a potência desses três costuma ser avassaladora quando perde o equilíbrio.
Ama-se demais. Confunde-se demais amor versus sofrimento. Apaixona-se demais. Exagera-se demais na paixão e no sexo. Ama-se de menos e apaixona-se de menos. Logo, não existe troca, não há relacionamento, o amor e a paixão não se expressam em nenhum lugar, nem em público nem intimamente; e passa a existir somente um vazio, um vácuo sentimental.
Então, pode haver liberdade ou prisão em qual corpo? A partir do que ama, do que exclama, do que chama, do que briga, do que luta, do que fala ou do que cala?
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